Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente. Desculpa! Tudo que vivi foi profundamente. Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços. Guarda-me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir pra te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade d’eu me inventar de novo.
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele a pondo de ver seus ancestrais nos seus traços, a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos. Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos. Eu não vou renunciar a mim¹, nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. Eu quero estar vivo e permanecer vivendo profundamente.
1 - Se desisti de vc foi por não poder desistir de mim.
Trecho extraído do espetáculo Ana Carolina - Dois Quartos
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele a pondo de ver seus ancestrais nos seus traços, a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos. Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos. Eu não vou renunciar a mim¹, nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. Eu quero estar vivo e permanecer vivendo profundamente.
1 - Se desisti de vc foi por não poder desistir de mim.
Trecho extraído do espetáculo Ana Carolina - Dois Quartos
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