Tem dias em que tudo parece estar saindo mais que perfeitamente, até o momento em que uma bomba resolve explodir na sua janela mesmo sem ser pra você.
Estava eu em casa com minhas ocupações costumeiras quando, de repente, o telefone toca. Uma garota (que vou chamar de Júlia) pergunta: "É da casa do Bruno?" E eu digo: "Sim! Sou eu!" Júlia me disse que uma amiga minha (que vou chamar de Janaína) estava internada no hospital regional de minha cidade e que era pra eu ir visitá-la, pois Janaína chorava muito e estava prestes a fazer uma cirurgia. Júlia me deu todas as coordenadas de onde Janaína estaria internada, bem como o horário de visitas do hospital; e me deu ainda o sobrenome de Janaína, para que a encontrasse mais facilmente. Lá chegando me deparo com uma fila de quarteirão. O único jeito era esperar, eu estava muito preocupado com Janaína. Enquando esperava na fila, passa ao meu lado uma maca sendo puxada por dois enfermeiros e, sobre ela, um cara todo retalhado só coberto por um lençol do hospital. Devia ter se envolvido em alguma briga lá fora e, por isso, estava tão ferido...
Finalmente chego ao balcão pra me identificar e entrar para a visita: "Olá, Janaína Ribeiro." A atendente, meio estressada me responde: "Ela tá no PS 1." Vou em em direção ao PS 1, e com quem me deparo no meio do caminho? O mesmo retalhado da maca. Ao chegar no PS 1 tinha um mundo de gente que eu nunca tinha visto antes, nem maos gordos nem mais magros, e pergunto a uma enfermeira onde estaria Janaína. Ela me responde depois de um risinho sarcastico com uma piadinha carinhosa: "Aquela andarílhia? Deve tá por aí, passeando!"...
Continuo depois, tô morrendo de sono e num tô mais nem raciocinando direito. Até logo!
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