Bela Lugosi foi a segunda banda da qual o Coyote fez parte. Surgiu em meados do ano 2000, após um convite feito por Guto Lagartixa ao Coyote.
A intenção, a princípio, era trabalhar com experimentalismo, mas não foi o que do fato ocorreu. Por motivos financeiros o grupo não conseguiu colocar em prática o projeto de trabalhar diversos ritmos com instrumentos inusitados. Depois surgiu a idéia de anexar um espetáculo teatral, adaptando os textos de "O Médico e o Monstro", à apresentação da banda, e mais uma vez falhou: os atores, indicados por Guto, estavam longe de ser profissionais e, pela falta de condições em adquirir bons equipamentos de som, acharam que não deveriam fazer o mínimo esforço pra, pelo menos, serem bons amadores e simplesmente abandonaram o projeto sem nem aviso prévio ou exposição de motivos. Talvez não tenham levado em consideração o fato de que se apresentando em conjunto com uma banda - um projeto que até então era inovador - traria a eles algum reconhecimento dentro da classe artística.
A banda teve pelo menos duas formações. Sua primeira formação contava com Guto Lagartixa nos vocais, Léia Ribeiro no baixo, Marvin nos teclados (todos ex-membros da Xeque Mate), Coyote e sua psicodelia nas guitarras (ex-Malkavianos) e o importado J. Williams na batera (ex-Sentauros), ainda como Bela Lugosi.
Mais tarde, por motivos pessoais, J. Williams decide que deve deixar vago seu cargo nas baquetas. Foi quando Guto, Léia e Coyote, que já conheciam Antônio, resolvem convidá-lo a tocar bateria no grupo. Vale ressaltar que o cara nunca tinha segurado as baqueta, no bom sentido, é claro, mas segurou muito bem a difícil tarefa de marcar o andamento pros outros instrumentistas.
O grupo passou por difíceis momentos e crises de identidade (como, por exemplo, quando mudou de Bela Lugosi para Cacos de Arte. A idéia do nome era fazer menção aos antigos vitrais e rosáceas góticas ou ainda aos mosáicos bizantinos.), conflitos de ego, falta de condições e equipamentos, etc; mas resistiram à duras penas até o fim de 2004, quando Guto (agora chamado Valentin, e não mais Lagartixa) recém ingressado na curso superior decide não mais cantar com os amigos para dar lugar ao seu lado cênico (embora cursasse Arte Plásticas) dirigindo o ator Cóllins Ribeiro na esquete intitulada "O Nó", que tratava sobre ponto de vista do que é arte e a partir de onde algum deixa de ser arte para se tornar tragédia. O enrredo, baseabo em fatos, trata do assunto em torno do suicídio de um jovem, na estória rotulado pela sociedade em geral de "roqueiro", drogado e ainda "mero desocupado"entre várias outras classificações possivelmente errôneas, mas que poderia ser de qualquer classe social, nível de instrução, faixa etária, etnia, crença religiosa ou qualquer outro aspecto que permitisse (mesmo que de longe) resumir, ou melhor, rotular quem quer que viesse a sofrer na carne tal drama.
Após a saída de Guto Valentin e Marvin, do sumiço dos pratos da bateria (por irresponsabilidade do baterista que acompanhou a banda durante parte de sua odisséia), da conseqüente saída de Antônio e do término do 4º ano de banda sem ter feito uma única apresentação, Coyote e Léia decidem dar continuidade a um projeto antigo: tocar Blues.
Todavia, não seria possível colocar isso em prática sem mais integrantes (além dos dois), então resolvem (no final de 2005) chamar Ana Paula (backin' vocal), André Coscarque (guitarra) e Juba (batera). Mas o projeto continuou se arrastando até o início de 2006 sem que houvesse, ao menos uma reunião entre todos os envolvidos.
Aparece então Marcelle Dornelas, muito interessada em aprender bateria e começa a trabalhar as músicas em conjunto com Coyote e Léia.
Após um tempo de ensaios descontraidos e pouco produtivos, Marcelle - insatisfeita com a vida provinciana que levava no DF - resolveu migrar para São Paulo, de onde só retornou no período do carnaval de 2007, para assistir ao carnarock, um festival de rock que costuma acontecer no CONIC, centro de Brasília, durante o carnaval. Léia afasta-se da cena por bom período de tempo para dedicar-se aos estudos e ao trabalho, deixando em segundo plano a música para onda parece só querer voltar pra não perder contato com antigos amigos.
Ficando só nessa jornada, Coyote dá continuidade a seu projeto individual - que ainda está na fase de composição e sem previsão para ser apresentado ao público - passa atrabalhar com temas para animações de antigos personagens de quadrinhos criados na época dos Joãozinhos - grupo de amigos do qual o Coyote fez parte desde sua infância e permanece até os dias atuais. Era uma espécie de "Clube do Bolinha", mas que depois de certo tempo admitiu a entrada de uma Luluzinha - Léia, a Mariazinha do grupo. Originaram-se divesras manifestações artísticas das reuniões Joãozínicas, dentre elas três bandas que ficaram na memória, pelo menos dos envolvidos - Xeque-mate (segunta banda da qual Guto participou, juntamente com Léia Gomes, Fernando Santiago, Marvin e Cled), Malkavianos(power-trio rock-pop que de Joãozinho só havia o próprio Coyote, os demais membros, apresentados por Cled - então baixista do X. Mate - eram Edley - bateria - e Hugo - além de baixista, irmão de Edley) e por último Bela Lugosi - posteriormente chamada Cacos de Arte - formada por ex-membros dos Malkavianos e do Xeque-Mate e, coincidentemente, só por joãozinhos (alguns deles) e a mariazinha foi a banda que mais durou e a que - apesar de muito trabalho - menos se destacou no cenário da cidade embora já fosse bastante comentada pelas até nas vielas planaltinenses.
Acredito que o nome com o qual a banda passou a se identificar abandonando a homenagem a Bela Lugosi - Por medo que Guto Valentin tinha em acabar sendo rotulado "gótico", ou "sombrio", ou qualquer coisa assim - só teve agum sentido concreto quando de fato tal arte se despedaçou deixando espalhados seus cacos!
2 comentários:
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Bravo! Bravo!
Muito bem contada a Odisséia Coyoteana!!!!
Humor! Suspense! Aventura!
Valew, mano!
Bons tempos, aqueles...
Bom lembrar o passado Planaltinense com suas pitadas surrealistas no modo de viver.
Mas, de volta ao futuro... melhor, Presente... até que estes Cacos espalhados continuam produzindo alguma Arte né?
Té logo!
Claro, brother.Cada um a seu modo, mas quase todos ainda fazendo arte em todos os sentidos da palavra. hahaha
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